NOVA ACÇÃO - APRESENTAÇÃO


 A "Nova Acção" é um projeto de estudos, notícias e matérias de viés Integralista, com o objetivo de propagar a doutrina do Sigma, nascida no dia 7 de outubro de 1932 com o lançamento do glorioso "Manifesto de Outubro". O nosso objetivo é estudar, analisar e comentar. Nossos estudos irão tentar dissecar o máximo de algum pensamento, mas não apenas isso. Também somos um jornal e, nosso objetivo é ser mais um meio de comunicação para o Movimento do Sigma.

Como nasceu a Nova Acção?

   A Nova Acção nasceu como uma iniciativa de notícias chamada "A Marcha". Posteriormente, ampliamos o escopo para estudos e críticas. Nosso objetivo é trazer estudos de diversos temas e difundir a doutrina do Integralismo.

De onde veio o nome “Nova Acção”?

   O nome "Nova Acção" ou "A Nova Acção" foi inspirado no antigo jornal da Acção Integralista Brasileira chamado de "A Acção" ou "Acção", dirigido por Miguel Reale, sendo um dos principais jornais Integralistas da época. O jornal é conhecido por ter noticiado "A Marcha dos 50 mil", na Terça Feira, 2 de Novembro de 1937, Ano II edição N°325. Nosso jornal homenageia os heróis Integralistas Jayme Guimarães e Caetano Spinelli que tombaram após o covarde ataque feito por comunistas no Largo da Sé, no 7 de Outubro de 1934. 

O que é o Integralismo? Por que o defendem?

   Como é dito no final do livro "O Que é o Integralismo?" de Plínio Salgado: "O Integralismo não é um partido: é um movimento. É uma atitude nacional. É um despertar de consciências. É A MARCHA GLORIOSA DE UM POVO" – (SALGADO, 1933. P.66).

O Integralismo é um movimento, um movimento de renovação nacional, Corporativista, Nacionalista e Tradicionalista. Tem como o seu documento fundamental o "Manifesto de Outubro", resultado de diversos estudos feitos na S.E.P. – Sociedade de Estudos Políticos. Inspirado nos autores  Farias Brito, Alberto Torres, Oliveira Vianna, Oliveira Lima, Gonçalves Dias, Castro Alves e Olavo Bilac. Outra inspiração muito importante foi a DSI – Doutrina Social da Igreja Católica.

O que quer o Integralismo? O Integralismo quer o fim da Democracia?

   O Integralismo quer uma nação sadia, estável e saudável. Queremos o fim de todas as politicagens, conspirações antinacionais, neomarxismos, neoliberalismos e, por fim, o maior mal da nação: os partidos políticos. O que queremos pode ser resumido em dois excelentes textos:

 

"Temos uma intenção real de instaurar uma política sadia no Brasil: uma política autenticamente brasileira. O atual sistema político vigente em nosso país é um erro. Chamam isso de democracia, mas é mentira. Uma verdadeira democracia, com verdadeira representatividade, não levaria a esse caos político atual. A política hoje, que deveria ser voltada para o bem comum, é voltada para o bem individual dos políticos e das facções. A exploração, a discórdia, o desprezo, a safadeza, a vontade de se aproveitar do próximo, a desonra -- tudo isso -- é o que decide a política de hoje" – (MESQUITA, 2021, P.21).

 

E um do Chefe Nacional:

 

"A "Ação Integralista Brasileira" pretendia que cada categoria de produção ou de atividade elegesse os vereadores municipais que, por sua vez, elegeriam o prefeito, assim como o colégio eleitoral de segundo grau. Este, juntamente com outros da região, elegeriam os deputados estaduais e federais. Os deputados estaduais elegeriam o governador do Estado e os deputados federais elegeriam o governador do Estado e os deputados federais elegeriam o presidente da República. O voto seria absolutamente técnico, rigorosamente científico, porque os que escolhem os vereadores conhecem de perto os candidatos como conhecem aqueles a quem delegam poderes para escolher os deputados às assembleias legislativas e à Câmara Federal. Por sua vez, os eleitores do terceiro grau (deputados estaduais) e do quarto grau (deputados federais) conhecem os homens do seu Estado e do País, podendo, pois, deliberar acerca de objeto de sua competência e alçada" – (SALGADO, 1946, P.92).

 

O Integralismo não quer o fim da  Democracia, muito pelo contrário, ele quer a VERDADEIRA Democracia. Uma Democracia Integral, orgânica.

Qual é a relação entre Integralismo e Fascismo? O Integralismo é Fascista?

    Em uma resposta curta, não. O Integralismo não é Fascismo. Em uma resposta longa, é necessário analisar o que seria Fascismo. Se por "fascismo" se refere à, unicamente, o que ocorreu na Itália durante os anos de 1922 e 1945, que é o que o fascismo realmente foi, por ter sido o Movimento Nacional da Itália, então não somos fascistas. Agora, se por "fascista" se quer dizer "nacionalismo-corporativista", então a resposta seria sim. Agora, é correto analisar assim? Não. Como Miguel Reale diz no artigo "Nós e os Fascistas da Europa", o Fascismo Italiano contém muitos valores universais, aplicáveis a todos os povos ligados à cultura cristã. Devemos considerar o cunho empírico, pragmático e relativista do Fascismo e o caráter universal de seus princípios. E os seus princípios são: "a revolução social deve ser processada dentro dos quadros morais das Nações sob a superior orientação do Estado sobre uma base sindical-corporativista segundo o princípio de solidariedade que deve nortear os membros da coletividade nacional". E o Integralismo adiciona mais um: "sem ofensa dos direitos essenciais à personalidade humana". Os cinco princípios citados anteriormente, são os princípios Universais do Fascismo, que podem ser aplicados à qualquer sociedade. Mas quais são as diferenças entre Integralismo e Fascismo? O principal é o Espiritualismo. O Fascismo, apesar de ter sua preocupação com o espírito, há mais uma espécie de "Vitalismo" do que "Espiritualismo", propriamente dito, no Fascismo. Cuida-se mais do esplendor da força material ou das manifestações coletivas, do que propriamente dos valores do espírito. O Integralismo é espiritualista, autenticamente espiritualista.[1]

  Alfredo Rocco, no livro "A Doutrina Política do Fascismo" diz:

 

"O Fascismo é pensamento e doutrina. Doutrina que é parte essencial do fenómeno fascista e a que se deve, em não pequena escala, o mérito do seu sucesso. 

É pela existência de um pensamento fascista, de uma lógica fascista, que tem lugar o evento singular de um movimento que, se pode cometer muitos erros de detalhe, raramente se engana nas grandes linhas da sua ação; enquanto todas as forças que se lhe opõem, privadas como estão de um princípio animador e de uma única diretiva conceptual, embora conduzam muitas vezes de modo impecável a luta nos aspectos particulares e nos pequenos episódios do cotidiano, especialmente nas particularidades das lutas parlamentares e jornalísticas, erram sistematicamente nas grandes diretivas da conduta política. É à existência de uma doutrina orgânica e coerente que o Fascismo, fenômeno tipicamente italiano, deve o seu valor universal. De fato, na autonomia do seu pensamento está, em boa parte, a originalidade do Fascismo: ainda que o seu aspecto exterior pareça igual ao de outros movimentos políticos ou idêntico a estes nas suas conclusões, é sempre original por ser profundamente diferente o espírito que o anima, como diferente é também a sua doutrina." – (ROCCO, 1926, PP. 54-55).

 

Rocco diz que, o Fascismo é um fenômeno tipicamente Italiano, porém, é universalmente validado pela sua doutrina coerente e orgânica. Vendo os princípios citados acima por Miguel Reale, vemos que, de fato, o Fascismo assume seu caráter universal em seus princípios, porém, não deixa de ser um fenômeno unicamente italiano. Miguel Reale diz, que quando Mussolini se torna "Duce" após as trincheiras, o socialismo se tornaria nacionalista, e o nacionalismo se tornaria socialista.[2] Como Horia Sima explica, o Socialismo está implicado no Nacionalismo, se por Socialismo se quer dizer justiça social. Porém, como dito por Horia Sima, devido à corrupção intrínseca que sofreu o termo "socialismo", a utilização do termo se torna contraproducente. De água contaminada não se bebe, não devemos beber da fonte do socialismo.[3] O "socialismo-nacionalista" de Mussolini, o Fascismo, apesar de ter suas verdades universais, é, unicamente, Italiano. Devemos, sim, reconhecer as suas verdades universais, porém, não devemos "adaptá-lo" ou "recriá-lo" para as nossas nações; fascismo adaptado ou recriado para um contexto nacional, com exceção do fascismo-britânico, se torna um problema. O autêntico “Fascismo Romeno” de Carol II, não apenas assassinou Corneliu Codreanu, como também destruiu o Movimento Legionário.[4] Fascismo é autenticamente Italiano, Romano, e não Universal. Apenas os seus princípios que são universais. Como Gustavo Barroso diz:

 

"As Corporações na Itália e na Alemanha refletem o Estado; no Brasil, produzem o Estado. Estudando-se bem as três doutrinas, verificar-se-á que o Integralismo está num ponto em quase não pode aproximar do Fascismo e do Nazismo sem perda de expressão; mas em que ambos podem evoluir até ele" – (BARROSO, 1936, P.18).

 

Em conclusão, o Integralismo adota os princípios universais do Fascismo, porém, não o adapta para a realidade brasileira, pois o Integralismo é brasileiro. Em conclusão:

 

"O movimento afirmava-se espiritualista em contraposição ao materialismo burguês; nacionalista em contraposição ao cosmopolitismo e aos excessos regionalistas; brasileiro, em contraposição ao racismo nazista; democrático, em contraposição às ditaduras do tipo fascista; conservador, em contraposição a quantos se esqueciam da tradição nacional; aristocrático, em contraposição à demagogia e à inversão de valores, à demissão vergonha das elites, à indisciplina geral dos espíritos; revolucionário, em contraposição à rotina e à timidez de reformistas superficiais" – (SALGADO, 1946, P.44).

Se o Integralismo não é Fascismo, por que ele é acusado de ser?

   Esse termo, após a Segunda Grande Guerra, se tornou um termo totalmente dilatado, sem sentido, sem significado. Se tornou apenas um disfemismo para autoritarismo. Uma prova disso vem de um dos textos de um dos autores mais renomados sobre o Fascismo, Umberto Eco, que diz:

 

"Contudo, a prioridade histórica não me parece ser razão suficiente para explicar porque a palavra "fascismo" se transformou numa sinédoque, uma denominação pars pro totó para os mais diversos movimentos totalitários. Não adianta dizer que o fascismo continha em si todos os elementos dos totalitarismos sucessivos "em estado quintessencial", por assim dizer. Ao contrário, o fascismo não possuía nenhuma quintessência e nem sequer uma só essência. O fascismo era um totalitarismo fuzzy. O fascismo não era uma ideologia monolítica, mas antes uma colagem de diversas ideias políticas e filosóficas, um alveário de contradições" – (ECO, 1995, P.32).

 

 Essa visão errática, dilatada e "fuzzy" do fascismo permite brechas para qualquer sujeito que defenda um Estado mais Autoritário e até mesmo mais Totalitário, ser chamado de fascista pelos seus opositores. O Integralismo, apesar de não ser Totalitário e muito menos Autoritário, pois o Integralismo quer a Autoridade, e não a Ditadura, foi acusado de ser Fascista. Qual é a origem disso? A explicação de Horia Sima expõe, perfeitamente, o que foi e é feito contra os Movimentos Nacionais:

 

"Um instrumento de propaganda que os comunistas utilizam, com maior frequência e com maior êxito, na batalha ideológica contra nós é a extensão abusiva do vocábulo "fascismo" a realidades diferentes da que representou o regime político instaurado por Mussolini na Itália. A este tipo de fascismo, dilatado e genérico, sem nenhuma motivação objetiva, eles, os puros, os imaculados, "os verdadeiros defensores do povo", opõem com seu "antifascismo". Em qualquer lugar onde os comunistas tropeçam aplicam indistintamente o rótulo de "fascismo" ou "fascista", sem interessar-se por que classe de homens há na trincheira adiante ou que fonte doutrinária inspira sua resistência. Eles inserem na categoria de fascismo todo grupo político, todo regime, todo setor da opinião pública, toda personalidade, toda revista, qualquer gazeta que se oponha a sua ditadura sangrenta e denuncie o perigo" – (SIMA, 1976, P.13).

 

 Essa mentira, como visto acima, não foi repetida apenas pelos finados comunistas, mas hoje em dia, é repetida pelos neomarxistas e pelos neoliberais. O único jeito de esmagar essa mentira, é com a verdade. A verdade não precisa de narrativas nem rótulos; a verdade é um dos princípios que nos guia.

Considerações finais

   Nosso objetivo é claro como a água e reluzente como a luz. Não temos nada a esconder.

"O INTEGRALISTA É O SOLDADO DE DEUS E DA PÁTRIA, HOMEM-NOVO DO BRASIL QUE VAI CONSTRUIR UMA GRANDE NAÇÃO" – Plínio Salgado.

 "Dia virá em que, Camisa-Verde, serás o Orgulho

da Nação e o herdeiro legítimo da glória de teus

antepassados, os Construtores da Grande Pátria -

PORQUE ENCARNASTE O ESPÍRITO

IMORTAL DO BRASIL!" – Gustavo Barroso.

Nosso Código de Ética

Bibliografia:

DE BRITO, Antonio José, Para a Compreensão do Fascismo. Lisboa: Nova Arrancada, 1999. pp. 54-55.

Notas:

[1] REALE, Miguel, Nós e os Fascistas da Europa. Brasil: Revista Panorama, 1936.

[2] REALE, Miguel, Nós e os Fascistas da Europa. Brasil: Revista Panorama, 1936.

[3] SIMA, Horia, O Que é o Nacionalismo?. Trad. F. Alves. Brasil: Nova Offensiva Editorial, 2021. p. 103-104-105.

[4] Ibid., p. 29.

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